Quanto à conservação das cordas, volto a dizer que a durabilidade das mesmas depende também do organismo do músico. A quantidade de ácido úrico contido no suor, por exemplo, determinará quanto tempo a corda vai durar, assim como em que velocidade será o desgaste das partes de metal do instrumento. Desconheço qualquer líquido milagroso que possa evitar esse processo de deterioração. Os produtos disponíveis no mercado apenas ajudam a conservação das cordas, uma vez usado enquanto o encordoamento for novo. Isso porque quando iniciado o processo de corrosão, fica impossível eliminá-lo. O uso de limpadores corrosivos – do tipo Kaol – podem até deter momentaneamente e retirar a ferrugem, mas comprometem a afinação e a sonoridade das cordas. A limpeza e a secagem preventiva são a melhor alternativa para a conservação das mesmas. Sugiro misturar 50% de álcool isopropílico e 50% de óleo de limão, e aplicar nas cordas. Enquanto esse álcool puríssimo ajuda na evaporação da umidade, o óleo promove uma lubrificação que com certeza agirá como uma barreira contra a ferrugem. Nessa época de calor, se o uso do instrumento for freqüente, a lubrificação que citei acima se faz necessária a cada duas semanas, principalmente para aqueles músicos que transpiram em demasia e que possuam quantidade excessiva de substâncias abrasivas no organismo. Para músicos que irão tocar no litoral ou moram em cidades litorâneas, os procedimentos anteriores devem ser seguidos à risca, pois além da umidade do ar ser maior, a maresia também é um dos grandes agentes causadores da corrosão. Entretanto, alguns músicos constatam outro tipo de problema nessas regiões: maus contatos na parte elétrica – potenciômetros “raspando”, chave e Jack falhando. Existe casos comuns de músicos passarem temporadas tocando nessas cidades litorâneas e a chave de comutação de captadores enferrujarem por completo, sendo a única solução a substituição da mesma. Há algumas dicas de como minimizar esse processo de deterioração. Porém, sugiro que após a volta para sua cidade, você procure um profissional da área de para uma limpeza mais minuciosa, seguida de um tratamento lubrificante. Isso vale também para quem reside nessas cidades litorâneas: Procurem periodicamente seu Luthier. Caso já ocorra o mau contato e você esteja muito longe do seu Luthier, proceda com os passos de primeiros socorros a seguir.
Compre uma seringa com agulha e aplique álcool isopropílico na parte superior da chave de comutação caso note algum mau contato nessa região. Em seguida, movimente-a em todas as posições algumas vezes. Faça o mesmo com os potenciômetros, só que na sua parte superior e inferior, também os movimentando em seguida. No Jack , faça os mesmos procedimentos, só que utilizando um cotonete embebido em álcool. Com esses procedimentos, você eliminará provisoriamente ou quase que por completo os ruídos e maus contatos de componentes elétricos do seu instrumento. Todos esses problemas acontecem comumente em qualquer época do ano, embora mais freqüentemente no verão.
Outro problema comum agora no verão é o músico levar o instrumento para um Luthier ajustar o tensor para uma temperatura alta – tipo 35°C – e, em seguida, ensaiar ou gravar em estúdio com o aparelho de ar condicionado ligado, com temperatura ambiente em torno de 22°C . Isso já é o suficiente para o instrumento começar a trastejar nas primeiras casas. Isso se dá pela discrepância de temperaturas. Por isso, é importante avisar seu Luthier na hora da regulagem, para que ele encontre um meio termo para essas variações as quais você irá expor seu instrumento.
Se você seguir essas dicas, com certeza manterá seu instrumento em um bom estado de conservação por muito mais tempo.
Se você seguir essas dicas, com certeza manterá seu instrumento em um bom estado de conservação por muito mais tempo.
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